ABERTURA DA CONFERÊNCIA
CAROLINA POTIGUARA, PACARI PATAXÓ & EDUARDO FLYDJWA
COM O ACOMPANHAMENTO DE PARENTES
CONVIDAM PARA O RITUAL INTERATIVO
TORÉ
Presente nas manifestações culturais de diversos povos indígenas que vivem no Nordeste, o Toré é um ritual que une dança, religião, luta e brincadeira! Para além de uma dança, é um ritual sagrado que revela concepções sobre transformações do corpo, onde estão presentes a visão cosmológica e sociológica Tupi-Guarani.
Em um contexto sociopolítico, onde questões indígenas do campo da transculturalidade e da sustentabilidade despertam forte interesse no meio urbano, valorizar as diferentes manifestações simbólicas e estéticas próprias dos povos indígenas, nos permite conhecer nossa ancestralidade, a identidade brasileira, nossos valores e sobretudo, nossa cultura.
Carolina Potiguara é indígena de ascendência Potiguara da Paraíba e vive atualmente em contexto urbano, na cidade de Niterói. Possui Licenciatura em História pela UFF-Rio e concluiu o Mestrado Profissional no Museu Nacional - UFRJ, no Departamento de Lingüística (PROFLLIND – UFRJ), em 2020. Suas pesquisas acadêmicas abordam as seguintes temáticas: políticas lingüísticas, Identidades étnicas, territórios culturais, processos de auto- afirmação e direitos das mulheres indígenas, processos de reconstrução de identidades, linguística, sustentabilidade, saberes dos povos originários, formas de construção bioclimáticas e artes indígenas brasileiras, entre outras. Atua também como contadora de histórias e arte educadora, oferecendo oficinas e palestras sobre arte indígena, desenvolvendo as atividades do Projeto Saberes Indígenas na Educação Ambiental e também participando do circuito cultural nas feiras de artesanato que acontecem nas cidades. Participa do Conselho Gestor de Políticas Indígenas (REDE CEDIND RJ), da Rede Grumim e da AIAM. Atualmente trabalha como Assessora da Coordenação de Igualdade Racial e Etnias da Secretaria de Cultura de Maricá - SEC-CULT Maricá e é Conselheira e representação dos povos indígenas do COMPLIR-RJ 2023 no Conselho de Diversidade Religiosa do Município do Rio de Janeiro.
Pacari Pataxó é referência como arte-educador indígena. Nasceu na aldeia mãe de Barra Velha, primeira aldeia do povo Pataxó, no extremo sul da Bahia. Criado em sua cultura como nativo Pataxó, de costumes e tradições ancestrais, guarda o conhecimento e respeito por seus antepassados e a natureza, fonte de vida e sustento. Veio para o Rio de Janeiro em 2007, onde conheceu várias etnias indígenas brasileiras e destacou-se como liderança, fazendo parte de uma história de resistência. Como representante dos povos indígenas, lutou por direitos e influenciou debates de políticas públicas atuais. Desde 2009, leva a cultura e o conhecimento de seu povo para diversas escolas e instituições em todo o Brasil. Em 2023, Pacari Pataxó recebeu o diploma Honoris Causa como Mestre do saber pelas faculdades FACETEN e FACTEFERJ, em reconhecimento por seu trabalho como arte-educador. Sesc, Museu do Amanhã, Museu da República, CCBB RJ, Fundição Progresso, Feira Urussumirim KarioKa e Parque Lage são algumas das inúmeras instituições com as quais desenvolve trabalhos e projetos educacionais.
CONVERSAS
INTERDISCIPLINARES
QUANDO FALAMOS EM INTERDISCIPLINARIDADE, ESTAMOS DE ALGUM MODO NOS REFERINDO A ALGUMA FORMA DE INTERAÇÃO ENTRE DUAS OU MAIS DISCIPLINAS, OU ÁREAS DO SABER. PESSOAS ARTISTAS E PESQUISADORAS DE DIFERENTES CAMPOS DO CONHECIMENTO FORAM CONVIDADAS PELA CONFERÊNCIA A APRESENTAR QUESTÕES DE INTERESSE PARA O CAMPO DOS ESTUDOS DO MOVIMENTO, COM A INTENÇÃO DE PROPORCIONAR A TROCA DE SABERES, ALIMENTAR DEBATES, PROVOCAR INTERSEÇÕES E MOTIVAR CONEXÕES ENTRE PARTICIPANTES DA CONFERÊNCIA, QUE PODERÃO ENGAJAR-SE NESTA ATIVIDADE DE FORMA PRESENCIAL OU VIRTUAL.
01 de agosto
16h30 às 18h
Sala de Conferências
Centro Coreográfico da
Cidade do Rio de Janeiro
Um link será enviado próximo ao evento
para as pessoas inscritas na Conferência.
Profa. Dra.
Branca Telles Ribeiro
Sociolinguista
O AQUI E AGORA DA COMUNICAÇÃO NAS INTERAÇÕES SOCIAIS O que conversas e interações do dia a dia podem nos dizer sobre os/as participantes ou sobre as suas relações (de poder, de amizade, de sedução, etc.)? Como conversas entre pessoas amigas, entre colegas de trabalho ou entre profissionais, produzem um sistema que revela o que acontece nessas interações do ponto de vista sociolinguístico? E como, também olhando para conversas e interações, podemos entender melhor a vida social e o mundo em que vivemos? Como sociolinguistas têm analisado estruturas e funções de conversas compartilhadas no dia a dia e na interação face a face? Nosso encontro se propõe a discutir algumas dessas perguntas. Através de segmentos de vídeos e transcrições, observaremos a possibilidade de se fazer uma análise minuciosa e detalhada, metodologicamente apoiada e teoricamente embasada na emergência de trocas conversacionais em diversas instâncias da vida cotidiana. Prof. Dra. Branca Telles Ribeiro: Professora Emérita da Lesley University (Cambridge, MA) e Professora Adjunta da UFRJ (Linguística Aplicada/Psiquiatria-IPUB). Coordenadora de pesquisa em Linguagem, Comunicação e Saúde Mental (CNPq). Nos EUA, coordenou pesquisa interdisciplinar na área de Comunicação, Identidade e Clínica e, no Brasil e no exterior, tem publicado extensamente nas áreas de Sociolinguística Interacional, Comunicação em Saúde Mental, Comunicação Intercultural (questões de gênero, etnia, classe social), e, temas afins à performance de identidade na interação social. Branca é graduada pela PUC Rio, com Mestrado em Linguística pela PUC Rio, Mestrado em Sociolinguística pela Georgetown University, Doutorado em Linguística pela Georgetown University e Pós-doutorado em Psicologia Social pela Harvard University.
Profa. Dra.
Dinah Papi Guimaraens
Arquiteta e Antropóloga
PAISAGENS TRANSCULTURAIS: NOTAS SOBRE DECOLONIALISMO, ECOFEMINISMO E CORPOS CIBORGUES CONTEMPORÂNEOS Ecofeminismo e Ecologia Decolonial como movimentos de desobediência civil e luta contra o colapso ecológico. Novas formas de imaginar o futuro incluem reação contra toxicidades ideológicas e químicas, assim como contra Racismo, Patriarcalismo e Especismo. Conceitos de Sustainismo em Arquitetura/Design incorporados às posturas críticas sobre paradigmas de Raça e Gênero na sociedade ocidental. “Manifesto Ciborgue” de Haraway como inspiração aos Ciberfeminismos. Intervenções Corporais para construção do Corpo Ciborgue Transexual, Travesti e Transgênero. Corpo como marca identitária e sua relação com o natural e o não natural. Noção de resistência ao poder que busca controlar a vida das populações a partir do corpo ou Biopoder, no sentido Foucaultiano, ao questionar modos de existência tradicionais de comunidades indígenas e de setores populares. Prof. Dra. Dinah Tereza Papi de Guimaraens: Professora Adjunta de Arquitetura/ Urbanismo da Universidade Federal Fluminense, UFF, é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula, USU, com Mestrado e Doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ e Pós-Doutorado na University of New México. EUA. Com extensa experiência prático-teórica em culturas indígenas, afro-brasileiras e populares nas áreas de estudos interdisciplinares de performance/dança, artes visuais, museus, música, antropologia, educação e comunicação social, Dinah publicou Continous City: Urban Digital Transcultural Logics (2019) e, com Lauro Cavalcanti, Arquitetura Kitsch Suburbana e Rural (1979, 2006) e Arquitetura de Motéis Cariocas: Espaço e Organização Social (1980, 2007). Organizou os livros Estética Transcultural na Universidade Latino-Americana (2016) e Museu de Artes e Origens: Mapa das Culturas Vivas Guaranis (2003).
02 de agosto
16h30 às 18h
Sala de Conferências
Centro Coreográfico da
Cidade do Rio de Janeiro
Um link será enviado próximo ao evento
para as pessoas inscritas na Conferência.
Prof. Dr.
Guido Conrado
QUANDO O VERBO SE FAZ CARNE - QUESTÕES SOBRE CORPO, LINGUAGEM E POLÍTICA A política, contrariando o previsto pela física clássica, sempre foi um lugar onde dois corpos podiam ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Atualmente, em meio à lógica das configurações das formas de existência pública daquilo que veio a ser nomeado como multidão - em oposição à ideia unitária de povo - somos desafiados a pensar que não apenas corpos, mas também "mundos inteiros" incompossiveis podem coexistir num mesmo lugar. Tanto o fato da palavra povo precisar ser substituída pela palavra multidão, para designar as formas de existência pública dos "muitos", quanto o fato de podermos consentir a "existência simultânea de mundos incompossiveis" reflete - é bem verdade - transformações da linguagem. Mas não podemos nos enganar, não estamos tratando aqui das formas de configuração da comunicação, estamos falando dos modos contemporâneos de encarnação da linguagem. Em linhas gerais, será este o conjunto que questões que ofereceremos como ocasião para a propositura do nosso diálogo sobre "corpo, linguagem e política". Prof. Dr. Guido Conrado: Teórico e pesquisador das artes e da moda, possui Mestrado e Doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Filosofia da Arte e Estética da Pontificia Universidade Católica doRio de Janeiro, PUC-Rio. Integra o Coletivo Resdesign, em companhia do qual investiga transposições de recursos das linguagens visuais das artes e do design para a inovação em serviços, processos e produtos e atua como Especialista em Processos Criativos na Célula de Inovação do Senac-RJ.
Profa. Dra.
Celina Bordallo Charlier
FLAUTA E MOVIMENTO: UMA PERFORMANCE ONLINE COLETIVA E INTERATIVA EM TEMPO REAL Desde 2001, dirigindo e atuando como flautista em performances musicais colaborativas através da internet, desta vez faço um convite à dança: dialogar em gesto e postura com o estímulo musical de flautas de sonoridades diversas, para explorarmos em conjunto as possibilidades de uma atuação online coletiva em tempo real. Em uma performance musical, habitualmente se explora três possibilidades de interação som-espaço: adaptar a maneira de tocar para que a música soe igual em diferentes espaços, criar uma música especificamente para um determinado espaço, ou manter a performance constante e deixar que a interação com diferentes espaços transforme o som. Na performance online, acrescentamos o atraso entre som emitido e som escutado, o atraso na imagem e a delimitação dos espaços individuais na tela. Na tentativa de criarmos um diálogo que integre as características do meio, poderemos perceber como a atuação de cada participante contribui para o mosaico em movimento e explorar nossas possibilidades criativas em uma performance que se deseja colaborativa em tempo real (ou tempos reais?) e espaço virtual. Prof. Dra. Celina Bordallo Charlier: Radicada em Nova York há 25 anos, a flautista Celina Charlier desenvolve carreira internacional como intérprete, maestrina, professora e arranjadora. Formada pela Escola Municipal de Música de São Paulo, é Bacharel pela UNESP e Mestre e PhD pela New York University (NYU), onde lecionou por 18 anos. Fundou e liderou o Departamento de Música da NYU Abu Dhabi, com corpo docente e discente de mais de 100 países. Se apresenta em inúmeros paises e está especialmente envolvida em performances interdisciplinares online, incluindo a liderança da “Orquestra Online Celina Charlier” com músicos de 4 continentes. Além disso, leciona flauta e história da música em universidades americanas, entre as quais Maryville University e Tulane University.
Coordenação
Regina Miranda
MSc., CMA
CANTOS COM A
ALDEIA MARAKANA
(Rio de Janeiro)
02 de Agosto às 12h30
COMPANHIA FOLCLÓRICA
DO RIO-UFRJ
02 de Agosto às 18h
Foi fundada em 1987 pela professora Eleonora Gabriel, na Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) é um grupo artístico, de pesquisa e de divulgação da cultura popular brasileira constituído por professores, funcionários e alunos de diversas unidades da UFRJ. Produz espetáculos de música, danças e folguedos brasileiros, promove atividades e eventos científicos e culturais, além de cursos de extensão e para a educação continuada. Sendo assim, a valorização do patrimônio imaterial se distribui em vários cursos de formação profissional da UFRJ e para o público em geral.
COORDENAÇÃO GERAL: Eleonora Gabriel e Frank Wilson.
DIREÇÃO ARTÍSTICA: Eleonora Gabriel.
DIREÇÃO MUSICAL: Luciano Camara
MÚSICAS AUTORAIS: Xandy Carvalho.
DANÇANTES: Alexandre Scherr, Alice Magaldi, Anna Clara, Daniel Zappa, Elaine Aristóteles, Fabrício de Assis, Frank Wilson, Giselle Lucy, Gutemberg Venus, Jacqueline Barbosa, Letty Amirah, Marcinha Cassaro, Matheus Rodrigues, Mônica Luquett, Rita Alves, Roberto Barboza e Rodrigo Magalhães.
MÚSICOS: André Aladê, Eleonora Gabriel, Flávia Castilho, Giovane Padula, Isadora Santos, Luciano Camara, Rita Alves e Xandy Carvalho.
PAINEL DE DISCUSSÃO
FORMATANDO MUDANÇAS
EM LBMS NO SUL
Marié-Heleen Coetzee
Universidade de Pretória
Dr. Marié-Heleen Coetzee é professora associada na Escola de Artes: Drama da Universidade de Pretória, África do Sul, e Analista de Movimento Certificada Laban/Bartenieff (Programa New Pathways). Ela também completou o programa intensivo introdutório no LIMS, NY, em 1993. Sua pesquisa centra-se no uso de metodologias baseadas em drama e teatro em contextos transdisciplinares, performance socialmente engajada e pedagogias corporificadas na práxis da performance. Ela apresenta palestras, bem como trabalhos acadêmicos e criativos em várias plataformas, atua como examinadora para várias instituições e como revisora para uma gama de publicações acadêmicas. Co-editou o livro Applied Drama/Theatre in Conflict and Post-conflict Contexts (Rodopi 2014), co-editou a edição especial do South African Theatre Journal sobre ‘Teatro físico e a fisicalidade do teatro’ (2010) e editou a edição especial do South African Theatre Journal sobre ‘Conhecimentos corporificados e pedagogias na/em performance’ (2018).
Marth Munro
É pesquisadora, educadora, coach, acadêmica e artista. Seu doutorado investigou as propriedades acústicas do Tonal NRG de Lessac e o “Formante do Ator” na voz da performer feminina. Ela é Analista de Movimento Laban/Bartenieff™ Certificada (EUA) e Professora Master em Kinesensics Lessac (Voz e Movimento)® (EUA). Ela também é qualificada como Professora de Hatha Yoga (SA), praticante de Bio- e Neurofeedback (SA), praticante de NBI Whole Brain™, Terapeuta de Som (SA) e Coach Executivo, Empresarial e Pessoal baseado em PNL (SA). Ela foi pesquisadora classificada pelo NRF (2006-2011; 2013-2018). Munro atua como supervisora de vários estudantes de Mestrado e Doutorado. Ela foi editora-chefe de Collective Writings on the Lessac Voice and Body Work: a Festschrift, que apareceu em 2009, e coeditora da edição especial de 2010 sobre Teatro Físico do SATJ. Foi editora associada de várias Voice and Speech Reviews. Munro ensinou várias disciplinas nos campos de voz do performer, movimento do performer e atuação em departamentos de artes cênicas em universidades na África do Sul. Ela aplica essas habilidades ao orientar clientes na aquisição de competências em comunicação empresarial eficaz, competência emocional e resiliência ao estresse.
Anchen Froneman
Universidade do Estado Livre
Dr. Anchen Froneman é professora sênior na Odeion School of Music, Universidade do Estado Livre. Completou a dissertação de MMus sobre Análise Schenkeriana como estratégia analítica para memorizar música e um PhD sobre Estudos de Movimento Laban/Bartenieff como estratégia para performance de piano corporificada. Ela ensina módulos de teoria musical e práticas corporificadas, especialmente nos programas de Estudos de Ópera. É Analista de Movimento Certificada Laban/Bartenieff e, desde 2021, faz parte do corpo docente africano do programa New Pathways do Laban/Bartenieff Institute of Movement Studies. Sua pesquisa publicada está relacionada à prática e pedagogias de performance musical corporificada. Atualmente, também é UFS Scholarship of Teaching and Learning Fellow, onde busca contribuir para a inclusão de abordagens mais corporificadas e contemplativas para enriquecer o aprendizado em módulos de música orientados para a performance.
Kristina Johnstone
É uma praticante e professora de dança belgo-sul-africana e atualmente é Chefe do Departamento de Teatro da Escola de Artes da Universidade de Pretória, na África do Sul. Ela possui um doutorado pela Universidade de Witwatersrand (Johanesburgo, África do Sul) e é Analista de Movimento Certificada (CMA) em Estudos de Movimento Laban/Bartenieff. Ela lecionou em tempo parcial na Universidade da Cidade do Cabo e no Departamento de Artes Cênicas e Cinema da Universidade Makerere (Kampala, Uganda). O interesse de Kristina pelo corpo e práticas somáticas surge das formas como ela vê e experimenta o mundo como uma sul-africana multirracial nascida sob as leis de exclusão do Apartheid. Essa origem mista e o sentimento de estar entre as categorizações que tipificam a sociedade sul-africana oferecem um ponto de vista a partir do qual considerar as falhas de identidade na performance e prática baseadas no corpo. Sua pesquisa decorre de um desejo de questionar práticas e epistemologias coloniais na educação em performance e movimento, e de desafiar orientações em relação ao humanismo, universalismo e branquitude em seu próprio trabalho, enquanto busca engajar possibilidades para uma prática coreográfica e artística decolonial. Ela é coautora do livro "Post-Apartheid Dance: Many Bodies, Many Voices, Many Stories" (2012) e publicou artigos e trabalhos em vários jornais e anais de conferências. Atualmente, atua como Membro do Conselho Editorial do Journal of Dance and Somatic Practices.
O trabalho e as contribuições de Rudolf Laban e Irmgard Bartenieff têm sido estudados, documentados e aplicados em variados contextos transculturais e domínios transdisciplinares. Historicamente, a formação e o desenvolvimento de materiais de estudo foram predominantemente conduzidos por países europeus e pelos EUA e, de forma semelhante, também a pesquisa relacionada ao framework. Em um momento onde a necessidade de reparação histórica e equidade cultural é reconhecida, questões sobre as maneiras como o conhecimento e a expertise relacionados a LBMS foram historicamente construídos e disseminados tornam-se pertinentes.
Além disso, a maior mobilidade de LBMS nas últimas duas décadas viu sua translocação para além do Norte Global, entre outros para o Brasil, China e África do Sul – possivelmente expandindo, re-focalizando e recontextualizando o framework e suas aplicações. Esta translocação e tradução levantam questões referentes ao locus histórico de enunciação da abordagem e como isso pode impactar nas onto-epistemologias em diferentes contextos históricos, geográficos, políticos e ideológicos. Este painel levanta questões sobre quais conhecimentos, significados e entendimentos sobre LBMS podem ter emergido em vozes do Sul em sua 'tradução' do LBMS para seus contextos.
FÓRUM DO CAMPO LABANIANO NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO
02 de agosto
18h30 às 20h30
Loft
Centro Coreográfico da
Cidade do Rio de Janeiro
PARTICIPANTES CONFIRMADAS Profa. Dra. Adriana Bonfatti (UNIRIO) CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Alba Vieira (UFV); Profa. Ms. Ana Bevilaqua (FAV) CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Ciane Fernandes (UFBA) CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Cibele Sastre (UFRGS) CMA - LIMS New York; Prof. Dr. Cláudio Lacerda (UFPE) CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Denise Telles (UNIRIO, aprosentada) – PHD Trinity Laban; Profa. Dra. Denise Zenicola (UFF); Prof. Dr. Diego Pizzarro (IFB); Profa. Dra. Elisa Abrão (UFG) - Especialista em Sistema Laban/Bartenieff (FAV/LABAN Rio); Profa. Dra. Flávia Valle (UFRGS) CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Júlia Franca (UFRJ) CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Lígia Tourinho (UFRJ) CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Lilian Vilela (UNESP) Especialista em Sistema Laban/Bartenieff (FAV/LABAN Rio); Profa. Luciana Bicalho (CAL); Prof. Dr. Marcílio Vieira (UFRN) Especialista em Sistema Laban/Bartenieff (FAV/LABAN Rio); Prof. Dr. Marcus Vinícius Machado (UFRJ) CMA - LIMS New York; Profa. Ms. Marina Salomon (Cal) Hon.CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Marisa Lambert (UNICAMP) CMA - LIMS New York; Dra. Marisa Naspolini CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Neila Baldi (UFSM) Especialista em Sistema Laban/Bartenieff (FAV/LABAN Rio); Profa. Ms. Regina Miranda (FAV) CMA - LIMS New York; Profa. Dra. Vivian Vieira (UFU) – Doutorado Sanduíche Trinity Laban.
Coordenação
Ligia Tourinho
PhD, CMA
ENSAIANDO O DESENHO DE UMA CARTOGRAFIA DO CAMPO LABANIANO NO ENSINO SUPERIOR DAS ARTES NO BRASIL, SERÃO COMPARTILHADOS RELATOS DE COMO SE TEM TRABALHADO O CAMPO NAS DIFERENTES INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR, CULMINANDO EM AMPLO DEBATE ENTRE AS PESSOAS CONVIDADAS E PARTICIPANTES DA CONFERÊNCIA.